
A matéria escura é, na descrição da cosmologia, uma forma postulada de matéria que não interage com a matéria comum, nem consigo mesma. Ela somente interage gravitacionalmente. Assim, sua presença pode ser inferida a partir de efeitos gravitacionais sobre a matéria visível, como estrelas, galáxias e aglomerados de galáxias.
Contudo, fazendo uso do Hubble Space Telescope e o Very Large Telescope do European Southern Observatory, no Chile, cientistas identificaram distorções em onze aglomerados de galáxias, através de estudos aprofundados. Foi descoberto que aglomerados menores de matéria escura, associados a aglomerados de galáxias individuais, estavam concentrados o suficiente para produzir efeitos de lente gravitacional dez vezes mais fortes do que o esperado.
O estudo foi publicado sexta-feira (11/09) na revista Science. Futuras missões espaciais poderão usar lentes gravitacionais de grandes aglomerados de galáxias para encontrar galáxias ainda mais distantes. Tais dados poderão ser usados em modelos de matéria escura. Com isso, os cientistas esperam conseguir entender um pouco melhor sobre como funciona a vastidão do universo.